sábado, 6 de junho de 2009

Oração: Diante dos equívocos do Amor



Habilita-nos, Senhor Jesus, a amar com segurança.
Mestre, faze desaparecer o nevoeiro que nos obscurece a visâo e nos tira da realidade, levando-nos a buscar relacionamentos ilusórios - fundamentados numa auto-imagem que retrata o que gostaríamos que o outro fosse.
Enquanto estivermos buscando esse tipo de relação afetiva, não amaremos realmente; estaremos criando 'idealizações amorosas'.
Amoroso Amigo, muitas criaturas se unem a outras por carência afetiva ou por medo de ficarem sós. Em muitas ocasiões, o amor é mascarado pela necessidade de preencher um vazio e, quando a falta é suprida, geralmente se descobre que não havia o amor anunciado.
Emissário da Sabedoria, desde que nascemos nos incitam a uma forma de amor romanceado, nos apresentam um 'tratado normativo' a ser executado como se fosse um 'código de honra' a ser cumprido. Não se discute, apenas obdeça. Todas as idéias e noções sobre o amor são passadas como sendo uma única forma de amar e aprendemos a sonhar e buscar um dia viver tal encantamento.
Amar não é conceder descontroladamente ou abrir mão de tudo. Verdade seja dita: onde tudo é aceito há falta de amor.
Cristo Afetuoso! Reconhecemos que, em 'nome do amor', perpetramos verdadeiras calamidades em nossas vidas e renunciamos ao próprio senso de dignidade, componente vital da felicidade. Portanto, suplicamos-te que nos ajude a distinguir nossos sentimentos e emoções.
Não se trata de amor quando alguém requer exclusivamente para si o afeto, carinho e atenção do outro. O nome disso é carência íntima ou necessidade afetiva.
Não se trata de amor quando há paixão pela ostentação ou aparência. O que ocorre é exibicionismo ou narcisismo.
Não se trata de amor quando há mandonismo ou tolhimento do direito de escolha. O que existe é possessividade ou egoísmo.
Não se trata de amor quando forçamos situações ou coagimos pessoas a permanecerem ao nosso lado. Isso é falta de consciência do próprio valor, ou ausência de dignidade.
Não se trata de amor quando precisamos de auxílio, proteção e dedicação constantes e excessivos. O que há é dependência, ou apego compulsivo.
Não se trata de amor quando há queixas constantes, descontentamento e mau humor na vida afetiva. Na verdade, é ausência de prazer, ou simples desejo.
Por fim, Mestre, temos conhecimento de que nós, os homens, somos a principal fonte do próprio infortúnio. Conscientiza-nos de que quem não submete a exame vigilância o próprio coração se coloca à mercê da discórdia, do desentendimento e do desassossego.
Fica conosco agora e sempre... Assim Seja!

LIVRO: Lucidez - A luz que acende na alma.
Autor: Francisco do Espírito Santo Neto (Ditado pelo espírito Hammed)

Um comentário:

  1. Oi Lorena,
    Incrível; depois de tanto tempo longe, vou procurar este texto e encontro seu blog. Adorei os textos, muito bons. Saudades de todos. Abraços, Maurício A Oliveira (amigo da Marília) - Conselheiro Lafaiete - MG

    ResponderExcluir